Produtora: Frogwares Games
Plataformas: PC, Nintendo DS
Gênero: Novela gráfica interativa, aventura
Ano: 2002 (PC), 2010 (Nintendo DS)
Além dos incríveis livros de Sir Arthur Conan Doyle e outros escritores (e séries europeias e russas do Sherlock Holmes) existe ainda um maravilhoso universo para se explorar do famoso detetive: as novelas gráficas interativas e os jogos de aventura.
Diferente de um jogo eletrônico, onde existe mais interação, as novelas gráficas digitais são como um livro eletrônico com imagens, na qual o jogador (e leitor!) possui poucas opções no jogo, ficando limitado a escolher uma determinada pergunta, para qual local ir ou o quê investigar. A grande vantagem desta mídia, é que ficamos imersos com imagens, sons e música ambiente que nos absorvem ainda mais facilmente na atmosfera proposta pelos criadores da obra.
Este é o caso de Sherlock Holmes and the Mystery of the Mummy (e o mistério da múmia), um jogo lançado em 2002 para computador pela Frogwares game, na qual foi, 8 anos depois, refeito para o vídeo game portátil, Nintendo DS (na qual é o jogo que foi utilizado para esta análise).
O mais incrível desta novela gráfica interativa é que, diferente dos jogos lançados posteriormente, Sherlock Holmes se encontra sozinho, sem a ajuda do Dr. Watson. Este detalhe nos deixa imerso em uma atmosfera de total solidão, enquanto Holmes investiga uma antiga mansão cheio de relíquias egípcias.
A história do jogo inicia bem, porém se torna simplória com o decorrer da trama
Chamado por Elizabeth Montcalfe, o jogador (na pele de Sherlock) deverá investigar o estranho desaparecimento de Lord Montcalfe, o avô de Elizabeth. Infelizmente a história é mal dirigida, o que pode deixar o jogador confuso com a explicação do mistério ao chegar no final do jogo. E, mesmo pegando carona no interessantíssimo universo egípcio, o jogo não possui um mistério inteligente e interessante.
Se você é fã de Sherlock Holmes e resolver se aventurar em and the Mystery of the Mummy, recomendo jogar a versão de Nintendo DS. A versão de PC possui puzzles (quebra-cabeças) muito difíceis de resolver, na qual deram fama para este ser um dos jogos mais difíceis do seu gênero. Apesar de lógico (por vezes…) o jogo não entrega direções e pistas plausíveis ao jogador, o que pode frustrar quem só quer vivenciar mais uma aventura do famoso detetive. A versão de Nintendo DS, por outro lado, facilitou muito os puzzles, alterando alguns ou removendo-os completamente.
No entanto, se você gosta de atmosfera de mistério, solidão e horror, este jogo colocará você no sentimento certo. Mesmo com as imagens estáticas, o jogo consegue construir um clima de terror e imergir o jogador em seu suspense egípcio.
Se você não possui o conhecimento da língua inglesa, recomendo a versão de PC, na qual foi trazido para o Brasil na língua portuguesa pela CD Games, e é possível encontrar por bom preço na internet. Mas fique avisado: quebra-cabeças realmente difíceis podem estragar a experiência e o progresso do jogo. A versão de DS, além de mais amigável nos puzzles, possui em seu próprio jogo (no menu) uma seção de dicas, para ajudar o jogador a sair dos quebra cabeças, inclusive passando a solução em casos mais extremos. No entanto, a versão de DS só se encontra na língua inglesa.
Se você é fã de Sherlock Holmes e anseia por novas aventuras do detetive, recomendo este jogo. No entanto, esta recomendação é motivada pelo clima de solidão e atmosfera de suspense. Se você procura por uma boa história com interação gráfica, existem jogos mais interessantes do detetive londrino e seu companheiro de mistérios, Dr. Watson.