Produtora: Frogwares Games
Plataformas: PC, Nintendo Wii
Gênero: Novela gráfica interativa, aventura
Ano: 2004 (PC), 2011 (Nintendo Wii)
Sherlock Holmes e o Caso do Brinco de Prata foi o primeiro jogo de grande porte do grande detetive londrino. Antes possuindo apenas jogos antigos para dos e um game de pequeno porte (chamado de Sherlock Holmes e o Mistério da Múmia), “The Case of the Silver Earring (O caso do Brinco de Prata)” é um jogo atmosférico, de gráfico mediano (para a época) e gameplay simplificado. Porém, em contrapartida, é um jogo maçante, com uma história que tenta ser complexa mas acaba por ser confusa e, por fim, com uma péssima atuação de voz.
The Case of the Silver Earring faz parte da saga iniciada em Sherlock Holmes e o Mistério da Múmia, pela Frogwares games. O jogo traz diversas melhorias notáveis em relação ao seu antecessor. Ao invés de isolar Holmes, desta vez o jogo traz diversos personagens, muitas interações e a possibilidade de jogar não só com o famoso detetive, mas também o seu parceiro Dr. Watson.

Convidados para uma festa organizada por Sr. Bromsby, a dupla terá de desvendar a morte do anfitrião, enquanto o jogador deve recolher pistas, analisar provas, viajar por diversas localizações diferentes e entrevistar os diversos personagens que compões o jogo que, infelizmente, possuem uma voz horrível e desagradável. O trabalho de voz é completamente forçado, jogando sotaques estereotipados em todos os personagens, fazendo com que o jogo pareça ser um teatro de comédia.
No entanto, mesmo com a péssima direção de voz, o jogo consegue trazer uma atmosfera envolvente, em grande parte pelo ótimo trabalho de arte nos cenários do jogo. Mesmo sendo uma aventura de point-and-click (apontar e clicar), The Case of the Silver Earring traz cenários macabros e sinistros, partindo de casas abandonadas em cidades rurais até monastérios e circos exóticos.

No final de cada dia, quando os protagonistas retornam a 221b em Baker street, o jogador deve responder a uma série de perguntas e apresentar provas para avançar ao próximo dia. Nos primeiros dias essa técnica funciona de maneira extraordinária, mas ao chegar na terceira parte (em diante) desta função, a história se torna tão desnecessariamente complexa, que essa função se transforma em um empecilho para o jogador.
Para apimentar mais o jogo, o time da Frogware lançou mais de um mistério no ar, para que o jogador possa resolver. Infelizmente, com a péssima direção de jogo, é difícil acompanhar o desenrolar da história, enquanto diversas sub-histórias com mistérios secundários são apresentados ao jogador no meio do caminho. Assim como o jogo anterior “O Mistério da Múmia”, logo o jogo se torna maçante, e conectar os pontos que interligam a rede de mistérios se torna uma tarefa quase impossível.

Este jogo foi lançado inicialmente para computador e posteriormente (7 anos depois) para Nintendo Wii. O Café com Leitura finalizou ambos, sendo pouca as diferenças entre eles, mudando somente a redução de algumas ações (como por exemplo, pegar a fita métrica para mensurar o tamanho do sapato de algum suspeito) e, logicamente, os controles.
É compreensível perdoar o jogo, levando em consideração a limitação da Frogwares games para a época. Se o time de desenvolvimento centrasse no máximo dois mistérios e tivesse no mínimo dirigido melhor a história, seria um jogo fácil de recomendar. No estado em que o jogo ficou, recomendamo The Case of the Silver Earring somente se você já exauriu qualquer outra fonte de novas histórias do grande detetive londrino.