Escritor: Dan Brown
Editora: Sextante
Ano: 2003
Tradução: Celina Cavalcante Falck-Cook
Que Dan Brown é mundialmente reconhecido no ambiente literário com seus diversos títulos não é novidade, não é mesmo? Porém, sem sombra de dúvidas, o que fez o mesmo ganhar fama internacional foi seu Livro “O Código Da Vinci”.
Trazendo um simbologista (com grande conhecimento em iconologia religiosa e história) como protagonista, que em suas aventuras acaba se tornando um detetive, tanto de assassinatos quanto de significados escondidos nas artes, “O Código Da Vinci” é, além da melhor aventura do professor, talvez a única realmente original em sua essência. No entanto, nesse artigo, focaremos mais na primeira obra envolvendo o personagem Robert Langdon.
O domínio narrativo de Brow é sensacional neste livro. É difícil sentir sono quando mistério, suspense, ação e explicação das mais importantes obras realizadas na história da humanidade estão bem divididas e consomem o tempo na medida certa. Alguns dizem que é preciso ter um certo conhecimento para entender este livro, mas é aqui que entra a maestria de Dan Brown: explicações curtas, diretas e de fácil compreendimento, sem atrapalhar o passo da leitura do livro.
Tudo ocorre de maneira tão encaixada que a direção dos fatos ocorrem tudo na medida certa enquanto acompanhamos o simbologista por diversos cenários reais que, de tão bem detalhados, fazem com que o leitor se sinta nas localizações visitadas por Langdon. Do museu de Louvre à velhos castelos, o protagonista enfrenta diversos perigos e um misterioso assassino que daria um ótimo Serial Killer nas telonas (opá! E acabou se tornando!).
A linguagem clássica pode ser por vezes difícil, por conter diversos termos técnicos ou de história relacionada a religião e artes dos séculos passados, porém todos são explicados de maneira simplificada no decorrer do livro. Essa linguagem ajuda também a melhor descrever os personagens que já são interessantes, contendo um perfeito equilíbrio entre as características e as decisões que os mesmos tomam de acordo com o que ocorre na história. Em outras palavras, a estrela da vez não é só Langdon, mas grande parte dos personagens que ele encontra no decorrer do livro.
As últimas páginas de “O Código Da Vinci” podem se tornar um pouco maçantes, já que se sucedem diversos pequenos finais, mas nada que estrague a bela jornada que o livro em questão proporciona. A tradução de Celina Cavalcante Falck-Cook para a editora sextante ficou ótima, e contou com nada menos do que três revisores diferentes para se ter certeza que a obra seria o mais fiel possível ao original, como também conter a menor quantidade de erros gramaticas. O Código Da Vinci não deixa pontos soltos, se tornando um livro com início, meio e fim contendo todos os seus mistérios minuciosamente explicados.
Sucesso nos livros, “O Código Da Vinci” também foi sucesso no cinema!
Tamanho foi o sucesso do livro que não tardou a se tornar um dos mais conhecidos filmes Hollywoodianos. Com grande nomes interpretando os personagens, entre eles Tom Hanks (Robert Langdon), Audrey Tautou (Sophie Neveu), Jean Reno (Bezu Fache) e Ian Murray McKellen (Leigh Teabing), o filme que carrega o mesmo nome do livro se tornou um recorde de bilheteria, mesmo com os fãs criticando pesadamente o filme, alegando que o mesmo não passa a mensagem original que o livro tenta informar os leitores. Como leitor, adorei o livro, no entanto não posso comentar sobre o filme pois, apesar de ter começado a assistir (duas vezes), nunca consegui terminá-lo.
O Código Da Vinci, com toda certeza, é o melhor livro do autor envolvendo Langdon. Temos ao todo 4 aventuras com o simbologista, porém os outros são, ou uma cópia reformulada desta obra (como foi o cado de “Anjos e Demônios”), ou um livro original, porém mediocre se comparado a maestria que foi “O Código Da Vinci”.
Outras aventuras envolvendo o simbologista Robert Langdon:
- Anjos e demônios
- Inferno
- O Símbolo Perdido